<i>Fiat</i> condenada por discriminação
O maior construtor automóvel de Itália foi condenado, dia 21, por um tribunal de Roma, a readmitir 145 operários, discriminados por estarem filiados na Federação dos Empregados e Operários Metalúrgicos (FIOM).
O caso começou com a reestruturação efectuada em 2010, na fábrica de Pomigliano (região de Campânia, perto de Nápoles), onde muitos trabalhadores foram despedidos, boa parte dos quais membros da FIOM, federação filiada na CGIL.
Todos foram colocados numa espécie de «bolsa de emprego», com a expectativa de voltarem a ser contratados pela empresa, o que veio a acontecer no ano passado quando a unidade recebeu a produção do novo modelo Panda.
Todavia, entre os novos contratados não há um único trabalhador sindicalizado na FIOM, razão que levou a estrutura sindical a processar a empresa, acusando-a de seleccionar o pessoal consoante o sindicato a que pertencem.
A FIOM divulgou ainda um dossier com os nomes dos operários que se recusaram a mudar de sindicato, e por isso continuavam sem trabalho, onde citava um responsável da secção de recursos humanos, declarando taxativamente que ignorava os pedidos de emprego de gente inscrita na FIOM.
Congratulando-se com a decisão do tribunal, o secretário-geral da FIOM, Maurizio Landini, observou que ela «confirma que em Itália há uma legislação e uma Constituição, na base da qual as empresas não podem escolher o sindicato que mais gostam».